A seguir, um texto enviado por alguém que gosto muito e que lembrou de mim ao lê-lo. Também pudera, eu mesma me vi neste texto, rs.
Ante a cegueira e a miséria do homem,
diante do universo mudo, do homem sem luz, abandonado a si mesmo e como
que perdido nesse rincão do universo, sem consciência de quem o colocou
aí, nem do que veio fazer, nem do que lhe acontecerá depois da morte, ante
o homem incapaz de qualquer conhecimento, invade-me o terror e sinto-me
como alguém que levassem, durante o sono, para uma ilha deserta, e
espantosa, e aí despertasse ignorante de seu paradeiro e impossibilitado
de evadir-se. E maravilho-me de que não se desespere alguém ante tão
miserável estado. Vejo outras pessoas ao meu lado, aparentemente iguais;
pergunto-lhes se acham mais instruídas que eu, e me respondem pela
negativa; no entanto, esses miseráveis extraviados se apegam aos prazeres
que encontram em torno de si. Quanto a mim, não consigo afeiçoar-me a tais
objetos e, considerando que no que vejo há mais aparência do que outra
coisa, procuro descobrir se Deus não deixou algum sinal próprio.
diante do universo mudo, do homem sem luz, abandonado a si mesmo e como
que perdido nesse rincão do universo, sem consciência de quem o colocou
aí, nem do que veio fazer, nem do que lhe acontecerá depois da morte, ante
o homem incapaz de qualquer conhecimento, invade-me o terror e sinto-me
como alguém que levassem, durante o sono, para uma ilha deserta, e
espantosa, e aí despertasse ignorante de seu paradeiro e impossibilitado
de evadir-se. E maravilho-me de que não se desespere alguém ante tão
miserável estado. Vejo outras pessoas ao meu lado, aparentemente iguais;
pergunto-lhes se acham mais instruídas que eu, e me respondem pela
negativa; no entanto, esses miseráveis extraviados se apegam aos prazeres
que encontram em torno de si. Quanto a mim, não consigo afeiçoar-me a tais
objetos e, considerando que no que vejo há mais aparência do que outra
coisa, procuro descobrir se Deus não deixou algum sinal próprio.
O silêncio eterno desses espaços infinitos
me apavora.
me apavora.
Quantos reinos nos ignoram!
- Blaise Pascal